A arte africana se encontrou com a arte brasileira no momento em que negros africanos começaram a ser trazidos para o Brasil pelos colonizadores portugueses, para trabalhar como escravos.
O Brasil já tinha sua arte representada por objetos produzidos pelos povos indígenas. Quando chegaram os portugueses, esses trouxeram outros costumes e influenciaram o modo de vida dos habitantes primitivos que aqui viviam, impondo seu modo de viver.
Quando chegaram os negros africanos, esses trouxeram também sua cultura e sua arte. Com a convivência desses diferentes povos, a cultura brasileira começou a se formar, influenciada por um pouco da cultura de cada povo.
A cultura africana influenciou a cultura brasileira em vários aspectos: religião, gastronomia, vocabulário, etc. Contudo a religião foi a manifestação cultural que mais se destacou, pois estava muito ligada às artes. Os cultos religiosos africanos tinham seus ritmos, suas danças, suas vestimentas e suas imagens, criadas por artistas africanos.
Aos poucos esses costumes foram se misturando aos costumes já existentes no Brasil, e assim surgiu, por exemplo, a capoeira e o samba, que são manifestações culturais afro-brasileiras.
Nas artes plásticas alguns artistas de origem negra ganharam destaque. Aleijadinho foi um deles. Antônio Francisco Lisboa era filho de português com uma escrava africana. Seu talento como artista é reconhecido e, com suas esculturas de santos e suas obras de arquitetura, tornou-se um grande nome do Barroco brasileiro.
Com a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, foi proposto o debate sobre as características culturais do Brasil. Pela primeira vez buscou-se inspiração nas raízes culturas brasileiras, deixando-se de lado a imitação da arte européia. Foi possível enxergar a partir daí a possibilidade de criação a partir de elementos verdadeiramente brasileiros, inspirando-se no primitivismo indígena e também na cultura africana. A negra (1923). Tarsila do Amaral