Existem várias formas de preconceito no decorrer da história, pois ele está inserido em todos os círculos de interação humana. No entanto, em duas ocasiões em especial, o preconceito trouxe implicações catastróficas para a sociedade.
Existe a crença de que o surgimento do racismo no Brasil iniciou no período colonial, quando os portugueses chegaram aqui e tiveram dificuldades em escravizar os índios.
Entre as justificativas para a dominação dos negros africanos, e submissão à condição de escravos, eram utilizados duas linhas de pensamento,religiosa e "cientifica". A primeira decorreu pela elucidação bíblica que apontava a maldição de Caim, a qual recaiu sobre os negros africanos.
Já a segunda explicação baseou-se nas teorias do naturalista Charles Darwin (1809-1882), principalmente entre as nações europeias do final do século XIX e início do século XX, que recorreram às teorias evolucionistas para justificar a entrada no continente africano, através do Imperialismo. Os países envolvidos nesse neocolonialismo levaram o pensamento de Darwin com valores morais e passaram a agregar as características físicas e intelectuais dos negros numa escala evolutiva, na qual estavam na base e os brancos no topo do processo evolutivo.
A escravidão africana marcou profundamente a história do Brasil, pois a principal forma de trabalho na época colonial foi a utilização de mão-de-obra escrava. Este trabalho instalou-se no Brasil a partir do estabelecimento da monocultura de cana-de-açúcar.
Os negros foram explorados no Brasil por mais de 300 anos. Entre os séculos 16 e 19 foi enorme a quantidade de africanos retirados à força de sua terra natal para trabalharem como escravos em terras brasileiras – colônia de Portugal.
Estima-se que 4 milhões africanos tenham desembarcado no Brasil, entre 1550 e 1850, trazidos à força de seu continente, de regiões onde hoje estão Angola, Congo, Costa do Marfim, Guiné, Mali e Moçambique.
Outro exemplo de preconceito que marcou profundamente a história, aconteceu no decorrer da Segunda Guerra Mundial. A Segunda Guerra Mundial, iniciada em Setembro de 1939, foi a maior catástrofe provocada pelo homem e sua ganância em toda a longa história deste sobre a terra. Envolveu 72 (setenta e duas) nações e foi travada em todos os continentes (de maneira direta ou indireta). O número total de mortos superou a casa dos 50 milhões e deixou, ainda, outros 28 milhões mutilados (sem braços, pernas, cegos, com sequelas psicológicas). É difícil mensurar quantos outros milhões saíram do conflito com vida, mas completamente inutilizados devido aos traumas a que foram submetidos (bombardeios aéreos, torturas, fome e medo constante).
Os nazistas, que chegaram ao poder na Alemanha em janeiro de 1933, criam que os alemães eram "racialmente superiores" e que os judeus eram "inferiores", sendo uma ameaça à pureza alemã. A partir vigorou a ideia de que o povo alemão, descendente da raça superior( os arianos) tinham o direito de dominar as raças inferiores (judeus, eslavos, etc.)
Hitler ficou preso durante um tempo, por motivos políticos, e enquanto estava na prisão escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta). Minha Luta é um livro que contém todo o ódio de Hitler para o povo judeu. Ele culpa os judeus de todo o sofrimento alemão e declara todo o povo judeu, alemão ou não, como inimigo natural da raça ariana. Para Hitler os judeus tinham muito dinheiro, terra e poder da imprensa, e como na opinião de Hitler, os judeus tinham sangue ruim e iriam tentar misturá-lo com arianos ao se casar, transformando seus filhos em judeus. Ele acreditava que isso levaria à conquista da Alemanha pelos judeus.
Essa crença de que os judeus faziam parte de uma raça inferior, e poderiam corromper e destruir a pureza alemã, chamamos de ANTISSEMITISMO